27 de julho de 2007

HISTÓRIA DUM CURA DE POVO IV


A casa parroquial, umha velha construcçom de pedra do pais, mantinha umha temperatura agradável, namentres que na rua nom se aturava o abafante calor.

A mulata e mais o seu filho pareciam ainda fora de lugar com todo o que viviram. Convidounos a sentar, mentres ele preparava o jantar, no sofa do comedor. Ainda tinha a meio recolher a manta para se tapar nas sonecas. Sacou-lhes uns copos e umha botelha de agua fresquinha da neveira, o neno apurou dos copos i ela um,tinham sede sem duvida.



O Crego bastante limitado na cozinha, botou mao duns tomates e da leituga para preparares umha salada. Colocou a tijola ao lume para preparar umhas coiteletas. Jantarom sem apenas intercambiar palavra, o meninho era o mais desenvolto, mas as miradas da mai acabaram por sumilo no silêncio.

Aleijo nom levava sotana, vestia com jeans, por riba, soia levar umha camisa, sempre de cores escuros, com colarinho (as vezes, desde logo en verao nom), e americana de cor gris a quadrados. Normalmente quando nom levava colarinho, ninguem poderia saber que era crego, mais misteriosamente a gente de fora da vila, que nom conheciam o seu trabalho, enseguida sabiam que era um religioso.

Para ires a cidade obtou polos jeans, umha camisa gris, e sem americana, colheu o seu Citröen Saxo aparcado diante da vivenda e encaminhou-se cara a casa dos novos habitantes do povo. Fixo sonar o claxon e nom tivo que agardar rem, já que de seguido baixarom Prudência e mais o seu filho. A viage de 45 minutos trascorreu sem apenas falar entre eles, o neno na parte de atrás durmia profundamente.


Aparcou no bandullo do hipermercado.E encaminharom-se entre a gente. Caminhando ao carom da mulher, e o rapaz que choutava dous pasos por diante, questionou-se como seria a sua vida, se nom fora crego. Teria casado?, teria tido filhos?. Levaria umha existência tam lonjana da sua, indo a trabalhar, de que trabalharia?, seria feliz na sua relaçom?, ou seria a monotona vida marital, onde a paixom e o amor deixam paso a depedência e à monotonia dum coito semanal e meio desganado.


Nestes intres nom puido evitar o papel de marido e pai, e até colheu da mao ao neno, e sobretodo quando alguen lhe recriminou o comportamento do "seu rapaz", já que este nom parava de tocar todo. Por umha hora que durou a merca, sentiu algo, sentiu que umha energia lhe invadia o corpo, sentiu algo que nom sentia desde fazia tanto tempo, por umha hora foi feliz.

Na volta, o ambiente foi mais distendido, o meninho nom parava quedo no asento de atrás do carro, so quando a mai lhe deu umha bolsa de pataquinhas ficou quedo, ela animou-se a falar i ele tambem.Soupo que vinha de Venezuela, vinhera a viver com o seu marido e filho à Corunha. Mais ele conheceu a umha moça de Monte-Alto e os deixara. Com menos dum ano na Galiza, atopou-se soa e com um cativo que alimentar.

2 comentários:

canceleiro disse...

¿sucumbirá el cura a la tentación de su nueva compañera?¿dejará su cargo y se casará? Joder, estoy intrigado

Ana Bande disse...

preciosa historia.