7 de dezembro de 2008

PLEITOS TENHAS!

Pleitos tenhas!!!
(maldiçom cigana)

Num anterior post, “Os Sherifs de Coslada”, falava da impunidade com que actuam os corpos policiais do estado espanhol, graças entre outra cousas ao ver cara outro lado de políticos e o mais lamentável a complicidade do poder judicial.

Nestes dias esta ocupando o seu anaquinho nos meia do estado, o julgamento ao siareiro do Olimpique de Marselha, Santos Mirasierra. O Occitano vem de seres condenado a 3 anos e meio de cadeia por agressom a um polícia espanhol.

A prova definitiva da condeia é que um polícia o tem reconhecido como a pessoa que bota umha cadeira que impacta num anti-distúrbio, que a consequência delo, tivo que levar uns pontos na sua cabeça.

Eu trás olhar as imagens que se tenhem oferecido nos diversos meios, tiro de conclusons, que ao siareiro se lhe castiga por empurrar a um polícia. A testemunha do agente, que reconhece ao siareiro como a pessoa que lança a cadeira, é mais que duvidosa, nesse rebúmbio de cadeiras voando, morea de gente, olhar algo é próprio dum superagente.

Existe um principio legal polo qual nom se pode condenar a ninguém, se as provas nom son concluintes, e este testemunho, perdoem-me, nom o é

Mas o juiz, com esta tradiçom espanhola de defesa do agente da orde, vem umha outra vez conculcar os mais elementais direitos das pessoas, a presunçom de inocência, e ao tenor dos vídeos, acho que nom foi respeitado tal, para justificar esta condena.

Mas o lamentável deste caso é que tal sentência esta a tapar o espiritu “dousdemaio” que está trás a actuaçom das forças policiais, esse secular ódio ao “gabacho”, esse que motivou a intervecçom policial, “caña al gabacho”, e que foi tam duramente criticada pola UEFA.




6 de outubro de 2008

ELVIS

“Nada mas nacer empiezan a corrompernos...”

Eskorbuto


Na minha aldeia, coma na maioria delas, temos gente normal, gente peculiar, bons tipos e algum que outro filho da puta, coma nom!.

Entre a gente pintoresca esta como sempre o tonto do povo; Na minha aldeia chamava-se Luis, e as vezes mandavam-lhe os rapazes mercar à tenda umha caixa de “condós”. Tambem pertinho da minha aldeia existia um rapaz que ia de nazi, lembro-o com lubas de coiro conduzindo umha moto na que levava a esvástica, coido que mas bem a levava para provocar, que nom por que fora realmente um seguidor do nacional-socialismo.

Mas um dos ghichos curiosos da minha aldeia era Elvis. Elvis era um punki das primeiras fornadas, andava com cresta, e nas costas da chupa de coiro por riba dum mapa do mundo levava um A de Anarquia. Diredes, na minha aldeia tambem habia punkis!, já, mas este era preto, um punki de cor.

Lembro umha vez numha festa como a gente olhava para ele namentres se fazia um charro, e repetia todo o rato “Corage neno, corage”.

Seica o rapaz adicava-se a percorrer o mundo de cá para lá. E assim umha vez o vim na festa dos “Gansos” em lekeitio, com a sua cresta, a sua chupa, a sua altura (o tipo era alto), destancando entre a multitude sobre todo por ser preto.

Hoje lembrei ao Elvis por que venho de ler que o que fora cantante de Eskorbuto, o finado do Josu Expósito já tem um monumento numha praça de Santurtzi, no bairro de Mamariga.

Há tempo, perguntei-lhe ao meu curmao polo punki negro, já que tivera mais relaçom com ele, e me contou que morrera, um camiom passara por enriba dele em Valência.



23 de junho de 2008

ONCE UPON A TIME IN AMERICA


Vem de sair a luz umha nova lista do American film institute (AFI) sobre os melhores filmes americanos de todos os tempos. A AFI é umha entidade americana de cinema, independente sem fins lucrativos, cujo fim é o de conservar o material cinematográfico e dar-lhe pulo ao cinema.


Por um lado os seus membros sacam umha lista com os 100 melhores filmes e por outro as dez melhores obras segundo géneros. Sendo os géneros, animaçom, Fantasia, Gansters, Ciência Ficçao, Western, Desportivas, Mistério, Comedia romântica, Dramas Judiciais i Épicas.

No apartado adicado aos filmes de Gansters os dez melhores títulos som:

1- The Godfather,O padrinho(*), (1972) de Francis Ford Coppola

2- Goodfellas, Um dos nossos (*), 1990 de Martin Scorsese

3- The Godfather II,O padrinhoII(*), (1974) de Francis Ford Coppola

4- White Heat, Incandescente(*), (1949) de Raoul Wash

5- Bonnie and Clyde, Bonnie e Clyde(*), (1967) de Arthur Penn

6- Scarface : The shame of a nation, O Terror do Hampa(*), de Howard Hawsk

7- Pulp Fiction, (1994), de Quentin Tarantino

8- The public enemy, O inimigo público número um(*), (1931) de William A. Wellman

9- Little Caesar, Hampa dourada(*), (1931) de Mervin Leroy

10- Scarface, O preço do poder(*), (1983) de Brian de Palma


Todas as listas som discutíveis, mas nesta eu coido que nom está um filme que com todos os respeitos é muito melhor que algumha das que na lista figuram.


Once upon a time in america (Era umha vez em América), Sergio Leone, 1984, acho que deve ser considerada um dos melhores filmes da história do cinema, e sem duvida à altura dos padrinhos de coppola, ao meu gosto as supera.


Leone que foi uns dos pais do chamado Spaghetti Western, género que revolucionou aos CowBoys, hoje em dia os poucos filmes do oeste americano, estam marcados pola linguaje que desenrolou o génio italiano.


Após de fazer autênticas maravilhas, como Per un pugno di dollari(por umha mao de dolares)(*), Il buono, il brutto, il cattivo ( O bo, o feio o mau)(*), Per qualche dollaro in più ( A morte tinha um preço)(*). E depois de adicar-lhe dez anos, filma a sua obra maestra indiscutível.


Era umha vez em América, esta marcado pola grandiosidade da narraçom, esse toque de grande opera italiana, épica como as grandes obras gregas, autêntica poesia em imagens. Leone fai toda umha liçom de cinema, como exemplo esta o uso dos saltos no tempo impecáveis, perfeitos, si nom ver a cena na que um telefone nom para de soar mentres a narraçom brinca em diversas épocas.


E que dizer da grande banda sonora do seu músico de sempre Ennio Morricone. A musica é parte inseparável da película, convertendo-se num todo.


Os actores, com um De Niro magistral, um James Woods magnífico, e que o diga eu que nom gosto dele, e como curiosidade umha adolescente, como sempre sensual, Jennifer Connely. Acena de ela bailando ante a furtiva mirada do protagonista neno é outra das grandiosas cenas da obra.


No filme tenhem cabida, como nas grandes tragédias gregas, a amizade, a traiçom, o fracasso, o amor insatisfeito.


Era umha vez foi a derradeira obra do génio Italiano, a morte caprichosa, nos privou de quantas maravilhas mais...


Sirva esta modesta aportaçom como berro no deserto para reclamar a grandeza da sua obra.

(*) Som traduçom livre dos títulos em castelhano segundo projecçom no estado espanhol, desconheço se existe versom em galego.

10 de junho de 2008

O NOME DO PAÍS


Eu nom som de letras, som do que se chamou ciências puras. Mas os razoamentos filológicos que tomam os académicos da língua(RAG), ou os sisudos e estudosos filólogos do Instituto Galego da Língua( ILG), nom deixam de me surpreender.

Denantes de que no ano 2003, se aprovara a chamada normativa de concórdia , as
normas ortográficas e morfoloxicas do Idioma galego, recolhiam que o nome do pais em galego era Galicia, e a explicaçom dada era a seguinte:

A forma Galicia non é castelá: Nesta lingua Gallaecia non debería dar Galicia, senon Gallicia ou ainda Galleza [...]

Que grande prodígio filológico, imaginade-vos, caros leitores, que os franceses para definir o nome oficial daquele estado recorreram a evoluçom em castelhano da palavra para garantir que France nom é umha influência estrangeira.

As novas normas do ILG-RAG, do ano 2003, recolhiam como nomes desta terra em galego tanto Galicia, como Galiza. Com a chegada ao poder do bipartito a ala gubernamental nacionalista bem de empregar nas suas campanhas nos meia o termo Galiza, mas os documentos oficiais, incluído o DOGA, só empregam a desigançom Galicia. Com o fim de ires mais alá e empregar Galiza nos documentos oficiais, a conselheira de Cultura Anxela Bugallo, remite um escrito a RAG, para que se pronunciem sobre qual é o nome oficial do pais. Ao escrito os académicos respostam com o seguinte:

a)Galicia e Galiza son formas históricas lexítimas galegas no sentido filolóxico. As duas circularon ma época medieval, pero só Galicia mantivo un uso ininterrompido ao longo da historia na lingua oral.
b)A denominación oficial do País normativa e xuridicamente lexítima é Galicia.


Esta é boa, assim que como na fala se mantém o nome
Galicia, é o que se deve empregar. Seguindo o mesmo critério eu sempre escuitei as gentes falar de Dios por Deus, Pueblo por Povo, ou Abuelo por Avô, logo de seguires com os razoamentos destas mentes privilegiadas, já sabedes ainda que Deus, Povo e Avô, som formas históricas galegas a forma oficial normativa e jurídica som Dios, Pueblo e Abuelo.

30 de maio de 2008

O TEMPO NAS SUAS MAOS

Todos temos na nossas lembranças da nenez filmes que no seu tempo nos impataram, e voltas a ver, já com mais anos, levas umha grande desilusom, e pensas que a cousa nom era para tanto.

Entre as lembranças esta com muita força um filme chamado “The Ghost Goes West “, “A fantasma vai cara o oeste” de René Clair, fai pouco a baixei da internet, mas por medo a perder a magia que tem na minha cabeça, nego-me reiteradamente a vê-lo.

Outros dos filmes da minha nenez é “The Time Machine” de George Pal, traduzido para o estado espanhol como “El tiempo en sus manos”, ao contrário da outra esta si que a tenho visto algumha outra vez, e tenho que dizer que segue a me parecer maravilhosa.

Baseado no romance de H. G Wells, a história conta como um cientista cria umha máquina que lhe permite viajar ao travesso do tempo. Embarcado nela viaja a traves do anos, e assiste a umha guerra nuclear, que segundo o filme tem lugar no ano 1966, e chega a um futuro onde existem duas raças humanas, os Eloi, que se adicam ao goze e à comida frugal, e os Morlocks, que se agocham baixo a terra, trabalham a reo e se alimentam dos primeiros.

Pese a ganhar o Oscar aos melhores efeitos especiais, os mesmos som muito básicos (tenhem, como o filme, toques de série B) para os de hoje em dia, ainda que seguem sendo frescos. Por exemplo para reflectir o passo do tempo recorre-se aos modelos dum manequim que observa o viageiro sentado na sua maquina. Ademais dos citados efeitos especiais no filme destaca a banda sonora e a posta em cena, todo simples, mais, que grandes cousas se conseguem com a singelez!.

Protagonizada pola actriz Yvette Mimieux (quem nom ficaria a viver no futuro junto a semelhante beleza), e o pouco valorado e para meu gosto grande actor Rod Taylor. Dirigida polo húngaro George Pal, que sobre todo é conhecido no cinema polo seu trabalho de produtor de filmes coma “The Naked Jungle”, “Quando ruge a Marabunta”.

No filme ou no romance pode-se fazer umha interpretaçom reaccionária da luita de classes, assim as classes altas os Eloi hedonistas, vivedores, som devorados polos proletários e trabalhadores Morlocks. A história recolhe a amizade, valor que Filby o amigo do protagonista mantém ao longo da sua vida namentres aguarda a volta do inventor.

Gosto também da cena na que Rod Taylor observa com ira como o saber do home recolhido ao longo de milénios nos livros é deixado de lado polos habitantes do futuro e se desfam nas suas mãos.

Também recolhe o filme o espirito construtor do home, o protagonista tem todo um caminho por percorrer para reconstruir umha nova humanidade.

Na falha de ideias do cinema actual, se fixo um remake actual, que com grandes efeitos especiais, nom consegue chegar nem de longe a grandeza deste filme da minha nenez, e devo dize-lo da minha vida.



http://www.imdb.com/title/tt0054387/

19 de maio de 2008

OS SHRIFFES DE COSLADA


Nestes dias chegam a actualidade novas dum grande escândalo num corpo policial, trata-se da polícia local da madrilenha cidade de Coslada. Segundo afirmam os meios, um numeroso grupo de agentes à cabeça do chefe da polícia, tinham tecido umha rede de corruçom com extorsom a locales e cidadaos. Amendrentamento da populaçom, cobro de extorsons a lojas, ademais de ires retirarando-lhe os charros aos rapazes para fumalos eles, ou percorreres as casas de alterne ou bares sem pagar nunca polos serviços.

A mim chamou-me poderosamente a atençom, a genreira que mostravam os vizinhos as portas da esquadra ou na porta dos julgados. E sobre todo as mostras de revanchismo que figuravam na numerosa gente lá junta, sem duvida produto da raiva contida.

O problema da violência policial no estado espanhol vem sendo denunciado, ano tras ano por organismos anti-repressivos, coma a organizaçom Amnesty International, ou mesmo polas naçons unidas, num informe sobre a tortura.

Saltaram as portadas dos meia casos como os da polícia autonômica Catalá (mossos d´esquadra), que acarream um ingente número de denúncias (algumhas recolhidas em video) ao maltrato a detidos e inmigrantes unem-se outras por utilizaçom de armas nom regulamentárias.

As mesmas organizaçons chamam a atençom sobre a impunidade na que ficam estes delitos, entre os casos chamativos atopam-se os da morte em dependências do corpo militar Guardia Civil , de Juan Martínez Galdeano. Galdeano morre tras ser malhado, com emprego de armas irregulamentárias por um grupo de guardias civis por ter colhido com a porta do carro os dedos a um agente. A video camâra da esquadra recolhe a malheira e recolhe como alonjam a vítima do ângulo da câmara para seguires com a tarefa. A justiça por esta morte brutal, impom so penas por atentado à integridade moral da vítima ou por lesons, absolvendo aos mesmos da morte.

Ao âmparo da chamada lei antiterrorista esta-se a empregar sistemáticamente a tortura, ao permitir esta lei a incomunicaçom do detido por vários dias, e de resultas saltam casos como o de Unai Romano, o qual sufriu umha tortura brutal, que a justiça nom quijo ver.

Incluso os agentes condenados, apenas cumprem penas de cadeia, assim o conhecido mando da guardia civil Rodríguez Galindo, condenado a 75 anos de cadeia pola morte de Lasa e Zabala, so cumpriu 5 anos.

Escandaloso é o caso de Mamadou Kane. O senegalês adicava-se à venda ambulante, e num 16 de março de 1997 atopava-se vendendo na viguesa praia de samil, quando 4 agentes da polícia local o detenhem e o conduzem a um monte, onde o golpeam insultam e ameaçam. Mamadou tem os papeis em regla polo que ao contrário dos inmigrantes ilegais denuncia os feitos, a resposta dos responsáveis políticos, como na maioria dos casos, é negarem-se a tomar medidas disciplinárias contra os agentes (um deles já com antecedentes), e mesmo o concelhal de seguridade Jose Ramón Montero do (PP), ameaça ao Kane com umha querelha, e artelha umha campanha meiatica para desacreditar ao africano.

Era a típica denúncia a arquivar. Mas neste caso várias testemunhas confirmam a versom do senegales, e mesmo algum vizinho tem visto o carro afastado no meio do monte, a justiça condeia aos agentes a diversas penas de prisom. A sentença e ratificada no ano 2001 polo tribunal dumha instância superior e os agentes que ainda seguiam em ativo som expulsados do corpo, com “magoa” segundo afirma o daquelas alcalde Lois Pérez Castrillo (BNG).


O ano 2005 tras petiçom por parte do juiz e alcalde de Vigo Ventura Pérez Mariño (PSOE) dum indulto ao conselho de ministros espanhol, e-lhes concedido o indulto por petiçom do ministro López Aguliar (PSOE). No ano 2006 os quatro agentes que nom estiverom rem em cadeia e sem arrepentirem-se som readmitidos na polícia local de Vigo.

Com a impunidade político-judicial, e incluso o pouco castigo ou coma no caso de vigo o agradecenmento polos “serviços” prestados, como podem escandalizar logo os casos como os de Coslada?

http://www.es.amnesty.org/uploads/tx_useraitypdb/Sal_en_la_herida.pdf

29 de abril de 2008

ESKORBUTO



Os dous nascemos entre o 60 e o 64
segundo os expertos, somos da geraçom
dos que cairam direitamente na heroina

No 79, quando mandaram a crise económica,
a musica Punk-Rock também colheu-nos os dous.

Do mesmo jeito, no grupo de risco

Aizu “Negu Gorriak”


Farto das rádio-fórmulas, aproveito os deslocamentos com o carro para escuitar a música da que eu gosto, e nom da merda habitual que se escuita nas rádios. Hoje decantei-me por pinchar “Antitodo” de Eskorbuto, disco que segue sendo maravilhoso, e de seguro um dos melhores discos de punk de todos os tempos.

No disco reflexa-se todo o ambiente daqueles duros anos 80, anos de crise da industria (reconversom) e da economia, alto grau de paro (no pais vasco, perto do 25% da populaçom ativa e do 50% da mocidade), delinquência, descontento social. Mas também trás a morte do ditador Franco e o período reformista do estado, produz-se umha explosom de criatividade, que vem reflectida na movida madrilenha, ou no nosso pais na movida viguesa. No caso do Pais Basco, a criatividade e a situaçom política dam lugar ao surgir do que se deu em chamar rock radical Basco.

A mocidade basca era umha mocidade mobilizada e com ganhas de fazer; nom habia vila ou cidade sem o seu Gaztetxe (casas ocupadas assemblearias, com a fim de organizar-se de maneira alheia a oficial), com centos de rádios livres, fanzines, e bandas de música que ainda que com claro predomínio de Punk Inglês, abranguem estilos como o rock duro o rockabilli, reggae, ska. Mocidade que era o motor principal com o que contava a esquerda abertzale, em anos de duro conflito, com umha organizaçom ETA, que conseguiu sentar na mesa de negociaçom ao estado (negociaçons de Argel)

Para atalhar esse espirito livre que se estava a dar o Alto Mando do “aquí todo atado y bien atado” decidiu obtar por umha das melhores formas de controlo social, as drogas.

A entrada da heroína no Pais vasco produziu-se em duas ondas, umha primeira no ano 83, ao início do movimento juvenil antes citado, e outra onda sobre o 86-87, momento de maior mobilizaçom da esquerda abertzale. As enquisas afirmavam que um porcentage muito elevado dos enganchados era simpatizante da esquerda abertzale, e a maior incidência da heroína se dava em núcleos onde a força abertzale era maior.

A heroína e mais a SIDA coma umha plaga bíblica infesta a toda a mocidade e praticamente barre toda umha geraçom. A falha de informaçom, engadida com os desejos de experimentar levam à mocidade ao consumo da heroina, a SIDA transmite-se entre os moços que compartilham as seringas, e os que nom caem vítimas do cabalo, sofrem a enfermidade. As bandas nom som alheias à sociedade, e se produzem casos tam dramáticos coma o do grupo Cicatriz único, que eu saiba, onde todos os seus componentes morrem, dos Eskorbuto a Sida e a heroina se leva a dous dos seus componentes, Jualma e Josu.

Hoje em dia a música daqueles anos segue a soar fresca e as novas geraçons a seguem a escuitar a fazer daquela mensage subversiva bandeira. Mas parece que de como se rematou com aquele processo de rebeldia nom se tirou aprendizage, o Alto Mando “aqui todo atado y bien atado” segue a realizar o controlo social, agora potência- se o consumo da Cocaína, ainda que o tempo que todo o fai esquecer, fai que se relance o consumo da heroina, amnésia?

Daquele espirito dos 80 já apenas fica nada no Pais Basco, as rádios livres foram caindo, os Gaztetxes som agora pasto da barbárie construtora, e o poder assimilou o movimento e o domesticou. No cemitério de Kabiezes ficam os restos de duas das vitimas daquela aniquilaçom. Duas tumbas esquecidas recolhem as cinzas de Jualma e Josu Eskorbuto.