29 de outubro de 2007

OBSESSOM



As Gotas de chuva repinicam na janela, deslizando-se deixando umha pegada casi recta, todas tentam chegar primeiro a baixo.

Como todos os días observo o pátio do hospital,ala no meio está o laranjo. Vim medrar as flores das que sairom as laranjas, i estas, que até pouco eram verdes começam a colher a cor própia.

O doutor dixo-me que tinha que reflexonar sobre o que me passou, que devia escrebe-lo num diário.



Sempre me inquedara a ideia de que entre na quantidade de filmes que se fam ao longo do mundo, 1000 ou 10000 num ano, quantos dissos, obras maravilhosas, nom chegas nunca a ver, por culpa de nom contar com distribuçom e das que ainda contam com capacidade, quantas podes chegar a ver?.

Eu aproveitava os momentos de lecer para olhar as obras dos grandes do cinema, Hitchock,Lang, Chaplin, Wilder, Ford, Hawks entre os clássicos. Truffaut, Chabrol, Bertolucci, Visconti entre os modernos. Do cinema oriental conhecia sobre todo a Kurossawa.Mais caerom nas minhas maos novos direitores asiáticos, e tambem empecei a ver obras de autores do leste, soviéticos, da RDA, quanto cinema por descobrir.

Empecei a roubar horas ao sono para olhar duas fitas as noites, olheirento chegava ao trabalho. Quando já aumentei o número de filmes a 3 ou 4 pola noite, às vezes ficava durmido e espertava a meia manha. Tentei corregir este comportamento, já que me conduzia à perda do posto de trabalho, cousa que ao final sucedeu.

Já liberado do trabalho aproveitei para ver umha meia de 7 filmes diários. Os amigos chamavam preocupados por que nom me viam, eu escusava-me dizendo que tinha mau corpo e insistia em que fazia falha que vinheram-me visitar.

Internet de onde procediam os filmes ficou sem provisons para a minha voracidade, polo que tivem que acodir as lojas. Mas a obsessom medrava, e a ideia de todo o cinema que me ficava por ver comia-me por dentro, de jeito que agora que já nom tinha fundos para ver, já esquilmara as lojas e o internet, nom conqueria durmir.

Comecei a descuidar tanto alimentaçom como a higiene, gastava barba de talibam e, penso, que tambem cheirava.

Os amigos foram os que avisaram aos meus pais, estes nom se preocuparam por mim, acostumados aos meus longos periodos de ausência de canda eles.

Lembro a sua cara ao atopares-me, e lembro que estava a ver umha fita de Cassavettes, recem descarregada da internet. Eles me levarom a a urgências, onde a siquiatra decretou o meu ingreso numha residência de sude mental.

Os fármacos conquerirom domar a minha incesante fame de cinema. Hoje em dia estou bem, fai caseque um ano que nom vejo umha fita, e nem tam siquer a TV.O siquiatra di que já estou practicamente curado e listo para reincorporares-me à vida real.

Leim muito estes meses, hai tantas horas agradáveis na literatura os clásiscos coma Cervantes, Shakespeare, os latinoaméricanos Borges, Garcia Márquez, os galegos Ferrin, Casares, os Noteamericanos Hemingway, kerouac, bukowski….

Hai tanto por ler….

18 de outubro de 2007

UMHA HISTÓRIA

Suponhamos um velho intelectual e umha nova promessa da poesia e as letras. O Velho é expulsado da empresa que ressuscitou do esquecemento. A nova promessa amossa-lhe o seu apoio público com umha aperta.

A empresa criada polo velho intelectual, oferece-lhe um posto à nova poetisa, i esta acepta, para vergonha alhea. Isto exaspera à gente, i entre eles ao criador dumha das páginas de humor melhores do pais.

A nova promessa-poetisa-empregada da empresa felona, envia os avogados contra da página, i esta ve-se na obriga de fechar.

Esta história nom é ficçom, é realidade, o velho intelectual é Isaac Diáz Pardo, que ressuscitou à empresa Cerámica Sargadelos, ediçons do Castro. A nova empregada da empresa-felona é Yolanda Castaño, promessa da nova poesia galega. A qual depois de amossar a sua solidaridade com o velho galeguista aceptou o posto de direitora da se de sargadelos na cidade da Corunha.

A página web de humor fechada pola ofensiva da poetisa-nova promesa é ADUANEIROS SEM FRONTEIRAS, que numha animaçom Flash representava a Yolanda com um coitelo ensanguentado, frente ao seu roupeiro, dando a possivilidade ao internauta de trocar-lhe de roupa.

Sirva este pequeno Anaco para amossar a solidaridade com ADUANEIROS SEM FRONTEIRAS, para o qual coloco um banner de solidaridade, sob o banner já existente de solidaridade com Isaac Diaz Pardo.