6 de outubro de 2008

ELVIS

“Nada mas nacer empiezan a corrompernos...”

Eskorbuto


Na minha aldeia, coma na maioria delas, temos gente normal, gente peculiar, bons tipos e algum que outro filho da puta, coma nom!.

Entre a gente pintoresca esta como sempre o tonto do povo; Na minha aldeia chamava-se Luis, e as vezes mandavam-lhe os rapazes mercar à tenda umha caixa de “condós”. Tambem pertinho da minha aldeia existia um rapaz que ia de nazi, lembro-o com lubas de coiro conduzindo umha moto na que levava a esvástica, coido que mas bem a levava para provocar, que nom por que fora realmente um seguidor do nacional-socialismo.

Mas um dos ghichos curiosos da minha aldeia era Elvis. Elvis era um punki das primeiras fornadas, andava com cresta, e nas costas da chupa de coiro por riba dum mapa do mundo levava um A de Anarquia. Diredes, na minha aldeia tambem habia punkis!, já, mas este era preto, um punki de cor.

Lembro umha vez numha festa como a gente olhava para ele namentres se fazia um charro, e repetia todo o rato “Corage neno, corage”.

Seica o rapaz adicava-se a percorrer o mundo de cá para lá. E assim umha vez o vim na festa dos “Gansos” em lekeitio, com a sua cresta, a sua chupa, a sua altura (o tipo era alto), destancando entre a multitude sobre todo por ser preto.

Hoje lembrei ao Elvis por que venho de ler que o que fora cantante de Eskorbuto, o finado do Josu Expósito já tem um monumento numha praça de Santurtzi, no bairro de Mamariga.

Há tempo, perguntei-lhe ao meu curmao polo punki negro, já que tivera mais relaçom com ele, e me contou que morrera, um camiom passara por enriba dele em Valência.