30 de maio de 2008

O TEMPO NAS SUAS MAOS

Todos temos na nossas lembranças da nenez filmes que no seu tempo nos impataram, e voltas a ver, já com mais anos, levas umha grande desilusom, e pensas que a cousa nom era para tanto.

Entre as lembranças esta com muita força um filme chamado “The Ghost Goes West “, “A fantasma vai cara o oeste” de René Clair, fai pouco a baixei da internet, mas por medo a perder a magia que tem na minha cabeça, nego-me reiteradamente a vê-lo.

Outros dos filmes da minha nenez é “The Time Machine” de George Pal, traduzido para o estado espanhol como “El tiempo en sus manos”, ao contrário da outra esta si que a tenho visto algumha outra vez, e tenho que dizer que segue a me parecer maravilhosa.

Baseado no romance de H. G Wells, a história conta como um cientista cria umha máquina que lhe permite viajar ao travesso do tempo. Embarcado nela viaja a traves do anos, e assiste a umha guerra nuclear, que segundo o filme tem lugar no ano 1966, e chega a um futuro onde existem duas raças humanas, os Eloi, que se adicam ao goze e à comida frugal, e os Morlocks, que se agocham baixo a terra, trabalham a reo e se alimentam dos primeiros.

Pese a ganhar o Oscar aos melhores efeitos especiais, os mesmos som muito básicos (tenhem, como o filme, toques de série B) para os de hoje em dia, ainda que seguem sendo frescos. Por exemplo para reflectir o passo do tempo recorre-se aos modelos dum manequim que observa o viageiro sentado na sua maquina. Ademais dos citados efeitos especiais no filme destaca a banda sonora e a posta em cena, todo simples, mais, que grandes cousas se conseguem com a singelez!.

Protagonizada pola actriz Yvette Mimieux (quem nom ficaria a viver no futuro junto a semelhante beleza), e o pouco valorado e para meu gosto grande actor Rod Taylor. Dirigida polo húngaro George Pal, que sobre todo é conhecido no cinema polo seu trabalho de produtor de filmes coma “The Naked Jungle”, “Quando ruge a Marabunta”.

No filme ou no romance pode-se fazer umha interpretaçom reaccionária da luita de classes, assim as classes altas os Eloi hedonistas, vivedores, som devorados polos proletários e trabalhadores Morlocks. A história recolhe a amizade, valor que Filby o amigo do protagonista mantém ao longo da sua vida namentres aguarda a volta do inventor.

Gosto também da cena na que Rod Taylor observa com ira como o saber do home recolhido ao longo de milénios nos livros é deixado de lado polos habitantes do futuro e se desfam nas suas mãos.

Também recolhe o filme o espirito construtor do home, o protagonista tem todo um caminho por percorrer para reconstruir umha nova humanidade.

Na falha de ideias do cinema actual, se fixo um remake actual, que com grandes efeitos especiais, nom consegue chegar nem de longe a grandeza deste filme da minha nenez, e devo dize-lo da minha vida.



http://www.imdb.com/title/tt0054387/

19 de maio de 2008

OS SHRIFFES DE COSLADA


Nestes dias chegam a actualidade novas dum grande escândalo num corpo policial, trata-se da polícia local da madrilenha cidade de Coslada. Segundo afirmam os meios, um numeroso grupo de agentes à cabeça do chefe da polícia, tinham tecido umha rede de corruçom com extorsom a locales e cidadaos. Amendrentamento da populaçom, cobro de extorsons a lojas, ademais de ires retirarando-lhe os charros aos rapazes para fumalos eles, ou percorreres as casas de alterne ou bares sem pagar nunca polos serviços.

A mim chamou-me poderosamente a atençom, a genreira que mostravam os vizinhos as portas da esquadra ou na porta dos julgados. E sobre todo as mostras de revanchismo que figuravam na numerosa gente lá junta, sem duvida produto da raiva contida.

O problema da violência policial no estado espanhol vem sendo denunciado, ano tras ano por organismos anti-repressivos, coma a organizaçom Amnesty International, ou mesmo polas naçons unidas, num informe sobre a tortura.

Saltaram as portadas dos meia casos como os da polícia autonômica Catalá (mossos d´esquadra), que acarream um ingente número de denúncias (algumhas recolhidas em video) ao maltrato a detidos e inmigrantes unem-se outras por utilizaçom de armas nom regulamentárias.

As mesmas organizaçons chamam a atençom sobre a impunidade na que ficam estes delitos, entre os casos chamativos atopam-se os da morte em dependências do corpo militar Guardia Civil , de Juan Martínez Galdeano. Galdeano morre tras ser malhado, com emprego de armas irregulamentárias por um grupo de guardias civis por ter colhido com a porta do carro os dedos a um agente. A video camâra da esquadra recolhe a malheira e recolhe como alonjam a vítima do ângulo da câmara para seguires com a tarefa. A justiça por esta morte brutal, impom so penas por atentado à integridade moral da vítima ou por lesons, absolvendo aos mesmos da morte.

Ao âmparo da chamada lei antiterrorista esta-se a empregar sistemáticamente a tortura, ao permitir esta lei a incomunicaçom do detido por vários dias, e de resultas saltam casos como o de Unai Romano, o qual sufriu umha tortura brutal, que a justiça nom quijo ver.

Incluso os agentes condenados, apenas cumprem penas de cadeia, assim o conhecido mando da guardia civil Rodríguez Galindo, condenado a 75 anos de cadeia pola morte de Lasa e Zabala, so cumpriu 5 anos.

Escandaloso é o caso de Mamadou Kane. O senegalês adicava-se à venda ambulante, e num 16 de março de 1997 atopava-se vendendo na viguesa praia de samil, quando 4 agentes da polícia local o detenhem e o conduzem a um monte, onde o golpeam insultam e ameaçam. Mamadou tem os papeis em regla polo que ao contrário dos inmigrantes ilegais denuncia os feitos, a resposta dos responsáveis políticos, como na maioria dos casos, é negarem-se a tomar medidas disciplinárias contra os agentes (um deles já com antecedentes), e mesmo o concelhal de seguridade Jose Ramón Montero do (PP), ameaça ao Kane com umha querelha, e artelha umha campanha meiatica para desacreditar ao africano.

Era a típica denúncia a arquivar. Mas neste caso várias testemunhas confirmam a versom do senegales, e mesmo algum vizinho tem visto o carro afastado no meio do monte, a justiça condeia aos agentes a diversas penas de prisom. A sentença e ratificada no ano 2001 polo tribunal dumha instância superior e os agentes que ainda seguiam em ativo som expulsados do corpo, com “magoa” segundo afirma o daquelas alcalde Lois Pérez Castrillo (BNG).


O ano 2005 tras petiçom por parte do juiz e alcalde de Vigo Ventura Pérez Mariño (PSOE) dum indulto ao conselho de ministros espanhol, e-lhes concedido o indulto por petiçom do ministro López Aguliar (PSOE). No ano 2006 os quatro agentes que nom estiverom rem em cadeia e sem arrepentirem-se som readmitidos na polícia local de Vigo.

Com a impunidade político-judicial, e incluso o pouco castigo ou coma no caso de vigo o agradecenmento polos “serviços” prestados, como podem escandalizar logo os casos como os de Coslada?

http://www.es.amnesty.org/uploads/tx_useraitypdb/Sal_en_la_herida.pdf