21 de dezembro de 2007

UM SUSTO


Autovia das Rias Baixas, depósito cheio, na auto-rádio soam Barricada “Nervio en la carretera, corre, corre!!” Bordeando a sensibilidade dos radares.

A conhecim na festa do vinho da Guarda, estava moi peneque e fum-me contra dela, dez minutos despois estavamos liados. Era umha dessas turistas “fodechinchos”, que tem casa alugada em Praia America.

Combinamos várias vezes ao longo do resto do verao. A Pesares de seres umha “pija de Madrí”, era umha tia estupenda, estava boa e o passavamos bem.

Acordamos em fazer-nos visitas no inverno; e velaiqui que, aproveitando dias que me ficam das vacaçons, estou a 5 horas dela. “Estamos llegando a mi barrio, pisa más corrre”.


Estou já na Límia, a agulha do depósito apenas se moveu. De súpeto o carro começa a perderes potência, o pedal do acelerador afunde-se sem oponher resistência. Luzes de emergência e a cuneta.

Nestas chairas da Límia fum caer a 3 quilómetros de Ginço. Ligo com o seguro e dim-me que hai um sítio de confiança para amanhar o carro e que em dez minutos venhem me buscar.

Acendo um pito, e apoio o cu no capó, esta quente, agradece-se, mas agradeceria-se mais se nom estiver quentando o sol, isto tem pinta de seres muito frio.

Passam vários carros, um deles detem-se frente a mim, baixa a janela de vídrio escuro do copiloto. Que lhe passou? –di-me um ghicho duns 35 anos que acompanha a outro da mesma idade, o que maneja o carro. Oferecem-se a levares-me a Ginço, mas rejeito dizendo que agardo pola grua..

O que maneja, que fuma um charro, ofere-me-o, nom lhe digo que nom, quando chego a mao a colhelo o copiloto coloca-me umhas algemas no braço e o carro arrinca.

Do carro em marcha e atada as minhas algemas, sae umha corda, dessas cordas de escalada. O meu braço atado polas algemas à corda e o final dela um carro.

A suor começa a saires a chorro polos meus poros, o coraçom lateja a um ritmo tolo, sae-se do peito. A corda terá um fim, parará de sair, e do tirom deitara-me no chao, irei arrastrado polo asfalto.

Que intençons teram?, pode que um quilometro ou dous so representem queimaduras, tentarei ir de costas, para que nom me queime a face. Tambem poderia correr para evitar que a corda se tense, mais cansaria e coma competir com a velocidade do carro!!

Resigno-me e me dixo caer ao chao, ou talvez a ansiedade fai-me febles as pernas. No chao vexo o carro a uns 200 metros, a corda segue a sair, começo a perderes o sentido…….

Esperto sobressaltado alguem me toca no ombro , volto-me confuso e espertando. Lembro que denantes de perderes o conhecimento, vim como a corda parava de sair do carro, o extremo final dela caia ao chao….